30 May
30May

Ao abordar este tema da virtualidade é necessário primeiramente ter uma noção dos conceitos que distinguem os três tipos de realidades artificiais que se enquadram no chamado continuo da virtualidade fig.1:

Esta é uma representação unidimensional de fácil entendimento que engloba as diferentes vertentes do espectro da virtualidade caminhando progressivamente do puramente real e criado pela natureza até ao completamente virtual fruto da tecnologia artificial desenvolvida pelo Homem. A esta representação foi posteriormente adicionado um outro eixo-fig.2, o eixo da medialidade.[1] Criando assim uma representação bidimensional de um espaço que incorpora tanto as vertentes das tecnologias associadas à experiência no eixo da virtualidade bem como os seus conteúdos no eixo vertical da medialidade partindo duma representação da realidade como ela é até á criação de histórias fantasiosas que podem enriquecer a própria envolvência proporcionada pela tecnologia.

Iniciando agora a viajem por este espectro onde a realidade aumentada foi das primeiras formas de realidade artificial a ser conceptualizada, muito antes de existir a tecnologia capaz de a implementar, em 1901 no livro de L. Frank Baum[2] é descrito um dispositivo em forma de óculos, oferecido pelo “demónio da eletricidade” que tem a capacidade de colocar uma letra na lente de acordo com o carácter da pessoa observada. Esta é forma mais simples de realidade artificial onde apenas é sobreposto um objecto virtual num fundo real fig. normalmente este apenas possui características bidimensionais sendo imediatamente perceptível a diferença face ao fundo real.

Já no caso da realidade mista é feita uma incorporação espacial dos objectos virtuais sobre a realidade existente criando uma sensação mais imersiva e de maior proximidade uma vez que a linha que separa a realidade da virtualidade fica cada vez mais ténue permitindo assim o utilizador sentir realmente uma conexão com os objetos virtuais visto que estes aparentam pertencer à mesma matriz de realidade na qual o individuo se inseriu toda a sua vida.

O passo seguinte do espectro é a entrada numa área completamente artificial onde o utilizador é emergido num campo visual totalmente virtual não existindo qualquer contacto com a realidade exterior ao ambiente criado sendo possível navegar num espaço que desafia toda e qualquer lei da física abrindo possibilidades para um outro nível de imersão que pode ter certas consequências discutidas posteriormente neste artigo.

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