30 May
30May

Existem inúmeras vertentes de modelo de negócio destas realidades artificiais que se têm vindo a expandir em diversas áreas desde o início deste milénio fig.11 aqui vão ser apresentadas algumas delas:

  • Jogos- Esta é provavelmente a área em maior expansão esperando atingir um valor de 11.6 Biliões de USD$ até 2025, representando cerca de 30% do mercado das realidades artificiais
  • Educação- Já existem diversas a utilizar estes sistemas para a melhorar a aprendizagem dos seus alunos, nomeadamente na educação á distancia que possibilita criar uma maior proximidade entre aluno e professor e leva a uma melhor compreensão dos assuntos, aumenta a absorção do conteúdo devido à imersão do aluno na aula.
  • Medicina-Os avanços nesta área têm sido não só no ramo do tratamento de dor uma vez que a distração provocada pelos equipamentos de realidade virtual, como também no treino dos profissionais de saúde para a prática de cirurgias.

As projeções para o crescimento das realidades artificiais têm sido extremamente otimistas, atingindo, segundo a Goldman Sachs, o valor de 35 biliões de dollars em 2025 sendo possível encontrar previsões ainda mais surreais:

 de acordo com “Fortune business insights” o valor de mercado total terá um crescimento estrondoso de 1500% atingindo os 120 Biliões de USD$ em 2026 fig. 12, no entanto estas previsões não contam com os diferentes rumos que os grandes investidores podem vir a tomar em relação a que vertente da tecnologia apoiar.


Existem alguns fatores que podem contribuir para um certo desinvestimento fig.13 nas tecnologias de realidade virtual nomeadamente depois de serem avaliados casos como Occulus Rift em que em 2018 apenas foram vendidas 354000 unidades, comparando com 17 milhões de Playstations 4 vendidas pela Sony nesse mesmo período. Isto mostra que os utilizadores ainda sentem que não compensa o preço dos “headsets” de realidade virtual situados por volta dos 300US$, devido ao desconforto que estes causam e também pela falta de conteúdos que torna a sua utilização por uma ou duas vezes suficiente, não cativando o utilizador a comprar o hardware depois da primeira experiência.

No entanto ao ser analisado o caso da Magic Leap, que vendeu todas as suas patentes ao grupo JPMorgan Chase em Agosto de 2019, é possível constatar que mesmo sem uma demonstração de resultados é possível angariar uma vasta quantidade de investimentos, conseguindo esta “startup” acumular 37% do total dos 6.3 biliões de dollars investidos em “startups” de realidade aumentada.  Apesar de todo este investimento e uma previsão de vendas de 100 000 unidades apenas conseguiram vender 6000 aparelhos nos primeiros 6 meses, principalmente devido ao preço exorbitante de 2295$ por unidade.

Assim pode ver-se que existe uma desconexão imensa entre os fabricantes e criadores destas tecnologias com os consumidores comuns que ainda não procuram este tipo de aparelhos para a sua vida quotidiana. Quando é avaliado o aspeto moral das quantidades tremendas que dinheiro que estes negócios movimentam, são levantadas questões sobre a importância de todo este esforço a nível monetário e energético, se a transformação de tanta matéria prima para a criação de dispositivos que se tornaram ultrapassados em poucos anos é mesmo essencial para o avanço da humanidade.

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